domingo, 22 de julho de 2007

Ler ou não ler: eis a questão

Parafraseando Hamlet, no seu mais famoso solilóquio, ser ou não ser, eis a questão, o problema sério da leitura em nosso país atravessa um de seus mais interessantes momentos. Fala-se muito acerca da falta da leitura do jovem, da inapetência viral ao livro, mas se esquece de que leitura, assim como qualquer outra atividade do mundo civilizado, necessita de estímulo.
Inúmeras poderiam ser as razões ora elencadas para se comprovar a falta de estímulo ao ato de ler: desde a carência do exemplo familiar até o alto custo dos livros no Brasil. No entanto, também podem ser citados exemplos de ações que visam à melhoria do índice de leitura em solo brasileiro. Entre essas ações, destacam-se as centenas de remessas de obras de escritores conceituados às escolas públicas de norte a sul, os projetos de incentivo à leitura, como o da Nestlé e, mais recentemente, o Viva a Leitura, uma iniciativa do MEC.
Mas, no plano concreto, o ato de abrir as páginas de um livro ainda se repete de forma muito incipiente e parca na rotina de nossos jovens leitores. E, aí sim, está o problema: por quê? Os livros estão aí, ocupando espaços significativos nas bibliotecas particulares e públicas, à espera do leitor. Desenvolver atividades de cunho cultural envolvendo a leitura é uma das formas de ação mais eficaz para incentivar o leitor em potencial. É evidente que, entre ficar horas no msn ou simplesmente assistindo à televisão, o adolescente não titubeia, e, se ele assim age, não será diferente mais tarde, quando se tornará um cidadão avesso às letras. Quem está lendo este artigo, encontrará exemplos deste tipo de analfabeto funcional num piscar de olhos. Claro que a leitura não se restringe ao livro, a mídia, incluindo a internet, utilizam-se não apenas dos apelos não-verbais, mas, principalmente, de palavras escritas. Entretanto, ler uma obra literária é diferente: são estruturas complexas que fazem com que o leitor lance mão de ferramentas mentais apropriadas a este tipo de texto, quer na compreensão de situações imbricadas no enredo, quer na apreensão do vocabulário e das estruturas gramaticais ali expostas.
Por isso, ler ou não ler, ser ou não ser, se confundem, se mesclam na necessidade de lermos, hoje, para sermos: cidadãos habilitados a debater as questões cruciais de nossa vida, como por exemplo, o grande prazer de que abdicamos quando não lemos.

domingo, 1 de julho de 2007

GINCANA LITERÁRIA 2007

A tarde de sábado, 30 de junho, foi muito especial. Mais de 200 estudantes participaram ativamente da 13ª edição da GINCANA LITERÁRIA GENSA. Todas as séries estiveram representadas nesta que foi, provavelmente, a mais difícil e disputada gincana de Literatura. Qual o segredo do sucesso?
Poderíamos começar pelo tema, poesia & consciência - rock nacional & 8 metas do milênio, passando pelas tarefas, que exigiram muito dos participantes. Mas, com certeza, o ingrediente mágico foi cada um dos que encheram o Ginásio principal da Escola desde a uma da tarde até as cinco. Professores, funcionários e os jovens de 8ª a 3ª série do ensino médio driblaram dificuldades, venceram desafios e todos saíram vitoriosos. Claro, houve a classificação pelas tarefas cumpridas, o que garantiu a festa final: 202 em 1º lugar, 301 em 2º e 201 em 3º.
No entanto, o verdadeiro sentido da Gincana Literária foi cumprido: através da socialização, da prática cooperativa e do espírito de luta presentes, a leitura passou a significar muito mais do que uma obrigação de trimestre, sendo a mola mestra do entendimento de muitas questões importantes na sociedade do nosso tempo impressa na poesia de bandas como Barão Vermelho (103), Titãs (102), Legião Urbana (202), Nenhum de Nós (201), Capital Inicial (301), Skank (302), Jota Quest (82) e Engenheiros do Hawaii (81).
Não esqueceremos desta Gincana porque não dá para deixar de lembrar:
1) Da turma 82 e seu clipe de rua, e também de como se empenharam e conseguiram uma quarta colocação na estréia!
2) Da liderança do casal-chefe da 201, incansáveis e ferrenhos defensores de sua equipe!
3) Das performances dos Renatos Russos da 202!
4) Da organização milimétrica da 301 e da música de homenagem ao GENSA!
5) Da alegria e empolgação da 103, que está aprendendo também!
6) Da determinação da 302, que não queria deixar de cumprir os famosos 60%...
7) Do grito de guerra dos verdinhos da 81!
8) E também da 102, que veio e provou o gostinho da nossa festa!
E, é lógico, não podemos esquecer, jamais, da colaboração dos professores e funcionários que trocaram sua tarde de sábado para estar aqui com as equipes: Carla (301), Tatiana (302), Jair (102/103), Jefferson (202), Rodrigo (201), Fabiana (81) e Fernanda (82).
Por fim, a Comissão Organizadora, com sua equipe de apoio fantástica, levará deste mês de junho, mais do que lembranças, lições de vida proporcionadas pela experiência desta Gincana.